Quem passa pela Av Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo se depara com uma imensa e incrível escultura de uma baleia de metal, mas o verdadeiro “peixe fora d’água” não é ela.
Atrás do objeto, o título de Obra de Arte também deveria ter sido concedido ao B32, o complexo composto por uma torre corporativa integrada à rua, teatro, restaurantes e praça pública.
Mas em que momento uma obra arquitetônica alcança o estado da Arte?
Isso é o que vamos descobrir trazendo alguns detalhes incríveis da nossa visita ao Teatro B32.
Um momento de Reflexão: diferente de muitos dos grandes prédios corporativos da região, o B32 não nasceu para interferir na cidade, mas sim para gerar mais valor pra ela. A palavra-chave é RESPEITO. Respeito aos pedestres que possuem agora uma área de descompressão, disposta de mesas, cadeiras e wi-fi disponível para todo e qualquer indivíduo que esteja passando pelo local.
Indo à diante, logo ao entrar no edifício, a música começa muito antes do espetáculo.
Subir as escadas é como ouvir uma ópera no teatro, mesmo que não haja nenhum conserto acontecendo no momento, o ritmo e a personalidade do projeto de interiores estimulam seu corpo à descoberta de novas sensações. As escadarias, curvas e nuances desse hall poderiam bem representar as batidas do meu coração diante de tamanha beleza.
Enquanto muitos acreditam que a tecnologia afasta as pessoas, o Teatro B32 investiu pesado para mostrar que não. Tudo é acessível, todos podem obter a mesma experiência, independente de sua condição humana, e ainda, por meio de um sistema canadense de última geração, o auditório pode se comportar como uma pista de dança ou uma arena pronta para um espetáculo, em poucos minutos.
Adaptável, tecnológico, fluído, o encontro perfeito entre engenharia, arquitetura e design de interiores traz uma lição importante: A Tecnologia não evolui para competir com o ser humano, mas sim para melhorar sua experiência e percepção.
O Braga, diretor do Teatro, fez questão de apresentar com mais detalhes:
Ficou curioso? Veja alguns detalhes do Gala System.
https://www.youtube.com/watch?v=-kAW8FyFosA&feature=youtu.be
E não é só no palco que existem maestros, veja a operação do maquinário através do Samuel:
https://www.youtube.com/watch?v=NxcbUnqX8wI
https://www.youtube.com/watch?v=pEtiroiWUFA&feature=youtu.be
Quem gosta de teatro sabe com não há nada tão importante quanto o jogo de som e luz, responsáveis por completarem o talento dos atores com o objetivo de emocionar a plateia. E mais uma vez, o B32 caprichou, antes de olhar pro palco, vale também olhar pra cima, a estrutura do teto é impressionante: são mais de 32 vigas e pontes rolantes:
https://www.youtube.com/watch?v=Ac9k56OmFpU
O projeto encanta pela sua competência e capacidade operacional, mas também no cunho ambiental. Todo o complexo possui certificação LEED (https://www.usgbc.org/leed), merecida diante de tamanho desempenho, o B32 possui a própria usina de tratamento de esgoto e usina de reciclagem, separam os materiais, realizam a compactação e a destinação correta, emitindo a certificação.
Já era hora, dar ênfase em algo que muita gente ignora.
https://www.youtube.com/watch?v=h3199ugbZFU&feature=youtu.be
E é assim, no encontro da Arte, Arquitetura e Design, encontram-se também o respeito pela cidade, o ritmo dos ambientes, a tecnologia das emoções, e a responsabilidade ambiental.
Encerro esse texto com um abraço,
pela receptividade, que trouxe um presente à cidade,
sem maldade, na amizade, do Braga, do Thiago e do fundador Rafael,
pra quem tiro o chapéu, pois nem precisou de um arranha-céu,
só de respeito, bateu no peito
e dedicou o fruto de suor e investimento
num verdadeiro templo
que não abriga apenas espetáculos,
nem precisou de uma peça pra chamar atenção
sua forma de projetar demonstra respeito à nação
Simples assim,
O que era cimento, sofreu efeito,
Obra de verdade,
Obra da Cidade.
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